A Associação Catarinense de Supermercados (Acats) fez uma pesquisa sobre o comportamento de vendas por canais digitais nos supermercados de SC. O resultado indicou, neste período após a pandemia, crescimento médio de 110% em vendas por canais digitais, incluindo operações de retirada na loja, tele entrega através de redes sociais, aplicativos e e-commerce direto.
De acordo com a pesquisa, 68% das empresas indicaram crescimento nas vendas não presenciais, com 100% na média. Há casos de até 400%, mas os patamares estão bem variados, a maioria indicando 100% a 150%. Para 10% das empresas as vendas nestes canais não se modificaram, enquanto 6% responderam que não fazem uso de canais digitais. Outro contingente de 16% não respondeu.
O dado apurado pela ACATS em Santa Catarina é muito parecido com uma pesquisa nacional feita pela consultoria Ebit/Nielsen, que apurou crescimento de 96% na categoria de varejo de autosserviços. A projeção feita para o comércio eletrônico em geral, no Brasil, indica que este formato de negócio deve registrar R$ 111 bilhões em 2020, segundo estudo realizado pela Kearney, consultoria global de gestão estratégica.
Para o Presidente da ACATS, Paulo Cesar Lopes, é notório o crescimento das vendas não presenciais nos supermercados como consequencia direta da pandemia, mesmo com os supermercados permanecendo abertos durante todo esse tempo.
– As compras pelo meio digital estão no radar das empresas há vários anos, só que a ocorrência da Pandemia acelerou os processos e isso abrange todos os portes de empresas e os mais variados formatos, desde a compra via rede social até o canal de e-commerce clássico. Acredita que seja um caminho sem volta, porém, de forma alguma substituirá o modelo presencial. Os formatos irão coexistir e se complementar – afirma.