O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) publicou (06.02) na Revista da Propriedade Industrial (RPI), o registro de reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) para a produção de Linguiça Blumenau (carne suína pura e defumada). São 16 municípios que poderão utilizar o nome linguiça Blumenau nos respectivos rótulos.
A IG abrange 16 municípios catarinenses do Vale do Itajaí (Gaspar, Blumenau, Pomerode, Timbó, Indaial, Rio dos Cedros, Doutor Pedrinho, Benedito Novo, Rodeio) e do Alto Vale do Itajaí (Presidente Getúlio, Ibirama, Rio do Sul, Lontras, Aurora, Agronômica e Laurentino).
Em cidades fora dessas contempladas até é possível produzir uma linguiça similar, mas não poderá ter o nome Blumenau no rótulo.
Segundo a documentação apresentada ao INPI, o nome geográfico Blumenau passou a identificar o produto cuja origem e características estavam diretamente relacionadas ao processo de colonização alemã na região, fruto da adaptação de um saber trazido pelos imigrantes, tornando-se autêntico, emblemático e típico da localidade. O processo tem origem histórica em 1894, conforme demonstrado na documentação e todas estas cidades contempladas faziam parte da região de Blumenau nesta época.
O agrônomo e especialista em IG do Sebrae/SC, que esteve envolvido no processo, Rogério Ern, diz:
– O reconhecimento de IG significa que só será considerada Linguiça Blumenau a que for produzida com carne pura suína defumada, seguir as regras do caderno de especificações técnicas, ser num desses 16 municípios contemplados nas regiões do Vale do Itajaí e do Alto Vale do Itajaí, e possuir a autorização da Associação das Indústrias Produtoras de Linguiça Blumenau (Alblu) para ter o nome Linguiça Blumenau no rótulo – afirma o agrônomo e especialista em IG do Sebrae/SC, que esteve envolvido no processo, Rogério Ern.