ExpoSuper 2022: ESG na prática já existe, falta ‘carimbo’

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Joinville (SC) – O painel ‘Desafios e estratégias das empresas frente aos princípios de ESG’ deixou algumas certezas, a primeira delas é de que muitas empresas e organizações já estão fazendo EGS na prática, apenas não existe uma espécie de ‘carimbo’ para estas ações. A mediação desta atividade ficou a cargo de Sandra Takata, presidente do Instituto Mulheres do Varejo.

Sandro Benelli, diretor da Saraiva, conselheiro do Grupo Super Nosso e doutorando em ESG pela FGV/EAESP, atualmente em temporada no Exterior, foi preciso em sua análise. Para ele, o conceito de ESAG ainda está muito difuso, embora seja uma ideia sem volta, mas ainda passível de muita evolução.

– O ESG veio para ficar e vai crescer a medida que suas práticas forem condicionadas a processos dentro das empresas, a fechamento de negócios e principalmente quando a área financeira se envolver com mais força – disse ele.

Joanita Maestri Karoleski, presidente do Fundo JBS pela Amazônia, argumentou que o conceito ESG será acoplado, por exemplo, a um desafio em produzir alimentos sustentáveis, mas sempre considerando soluções palpáveis em termos de investimentos.

– O tema é muito importante e considero elogiável essa preocupação já estar na pauta do segmento supermercadista. Acho que ela pode acontecer em todos os setores e o jeito mais fácil de começar é pela minha própria calçada – disse ela.

O presidente do Conselho Diretor da ACATS e também presidente da rede Top de Supermercados, Paulo Cesar Lopes, enumerou as iniciativas no âmbito da ExpoSuper, já consagradas nos processos da feira há mais de dez anos.

– Temos todo um conjunto de iniciativas sustentáveis muito antes de começar a discussão do ESG, por exemplo, o projeto lixo zero que encaminha corretamente mais de 95% dos resíduos da feira e a parceria com o programa Mesa Brasil do Sesc, beneficiário de todas as doações de alimentos dos expositores da feira, material que é destinado a entidades assistenciais da região Norte, para ficar apenas nestes dois exemplos – resumiu Lopes.

Também participante do painel, Sergio Ogawa, apresentou as linhas gerais do projeto que lidera, da Orquestra Jovem do Musicarium, o qual faz inclusão social por intermédio do ensino da música, fortalecendo a formação cultural e intelectual de alunos carentes. O projeto é mantido através de destinações pela lei da cultura e pode ser utilizado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas.

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