Diálogo e propostas: Acats segue atenta às mudanças no setor supermercadista

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A Associação Catarinense de Supermercados (Acats) reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do setor supermercadista e o bem-estar do consumidor, acompanhando de perto as medidas governamentais que impactam a cadeia de abastecimento e os custos dos alimentos no Brasil.

O recente pacote de 16 medidas anunciado pelo Governo Federal, que inclui a redução de impostos de importação para produtos essenciais, incentivos à produção da cesta básica e fortalecimento dos estoques reguladores pela Conab, representa um avanço para a estabilidade dos preços e o acesso a alimentos de qualidade. Além disso, está em pauta a ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), permitindo que leite, ovos, carnes e outros alimentos inspecionados em municípios e estados possam ser comercializados em todo o país.

“Como entidade representativa do setor supermercadista de Santa Catarina, estamos à disposição para contribuir com o debate e apoiar iniciativas que tragam benefícios concretos para o mercado e para os consumidores”, afirma Alexandre Simioni, Presidente da Acats.

A Acats também defende medidas que promovam maior transparência e concorrência no setor de vales-alimentação. Atualmente, poucas empresas dominam esse mercado, impondo altas taxas às varejistas, o que impacta diretamente os preços dos produtos. A regulamentação e a gestão direta dos benefícios via eSocial surgem como alternativas para reduzir custos tanto para os supermercados quanto para os consumidores.

Outro ponto relevante para o setor é a autorização da venda de medicamentos isentos de prescrição nos supermercados, prática já adotada em diversos países e que, segundo estudos, pode reduzir em até 35% o custo desses produtos. A ampliação desse modelo no Brasil traria mais acessibilidade à população e estimularia a concorrência, beneficiando o consumidor final.

A redução do desperdício de alimentos também é uma prioridade para o setor supermercadista. Experiências bem-sucedidas em países como França e Japão, como a proibição do descarte de alimentos aptos para consumo e a destinação de produtos não vendidos para doação, podem contribuir significativamente para a redução do desperdício e dos custos. Além disso, a adoção do conceito “best before” (melhor consumir até…) ajudaria a esclarecer que a data de validade expirada não significa necessariamente que o alimento está impróprio para consumo, permitindo que o próprio consumidor avalie suas condições.

O Presidente da Acats reforça que o supermercado não é o único responsável pela formação de preços, processo que começa na indústria e nos fornecedores. “O que determina o preço dos produtos é a cadeia anterior. Quando chega ao supermercado, muitas vezes nem conseguimos repassar ao consumidor. Se o aumento for grande, o supermercado absorve para não deixar de vender”, explica Simioni.

A Acats segue acompanhando essas discussões por meio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e reforça a importância de um ambiente regulatório equilibrado, que incentive a competitividade do setor, reduza os custos operacionais e garanta o acesso da população a produtos de qualidade com preços justos.

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